FIQUE POR DENTRO

O que é Glúten?

O glúten é o nome dado a um conjunto de proteínas presentes no trigo, aveia, centeio, cevada, e no malte (subproduto da
cevada).

O glúten é constituído por frações de glutenina, que, na farinha de trigo totalizam 85% da fração proteica. Essas proteínas
são as principais envolvidas na alergia alimentar do celíaco.

O que é doença celíaca (DC)?
É uma doença autoimune, caracterizada pela inflamação crônica do intestino, provocando o achatamento das vilosidades da
mucosa do intestino delgado. Está relacionada ao consumo de glúten, que é responsável pela alergia alimentar nos
celíacos.

Como se adquire?

A doença celíaca é de caráter genético, então aqueles indivíduos que possuem algum caso na família de doença celíaca tem
maiores chances de também apresentar a doença ou ter descendentes com esse tipo de alergia alimentar.

Qual a prevalência?
Atualmente não há dúvidas de que a doença celíaca é mais comum no Brasil do que previamente se supunha. Ademais assim
como ocorre em outras partes do mundo, pode permanecer sem diagnóstico por prolongado período de tempo. A prevalência
da doença celíaca entre os países e em populações europeias ou descendentes destes, varia de 0,3% a 1,0%; muitos casos,
provavelmente, permanecem sem diagnóstico.
No Brasil, os dados estatísticos oficiais são desconhecidos. Estima-se que existam 300 mil brasileiros portadores da doença,
com maior incidência na Região Sudeste. A doença celíaca é mais frequente em mulheres, numa proporção de 2:1, e atinge
predominantemente os indivíduos de cor branca. Devido à miscigenação racial no Brasil, já foi descrita em mulatos.

Quais são os sintomas?
A apresentação clássica se dá com diarréia por períodos prolongados, distensão abdominal (barriga inchada e flatulência) e
atraso no crescimento. Contudo, outros sintomas, como dor abdominal, peso abaixo do normal, cansaço ou anemia são
encontrados com frequência cada vez maior. Constipação também pode ser o sintoma de apresentação de DC, embora a
frequência desse fenômeno seja desconhecido.
Outras complicações como dermatite herpetiforme, artrite, constipação intestinal, osteopenia, osteoporose e esterilidade estão
associadas a doença celíaca.

Como tratar a DC?
O tratamento da doença celíaca consiste na retirada permanente de todos os alimentos fonte de glúten da dieta.
*Não interromper o tratamento e/ou indicações médicas.

FARINHA DE ARROZ INTEGRAL E FARELO DE ARROZ
Os subprodutos do arroz (farinha de arroz refinada, integral e farelo de arroz) são conhecidos pela sua fácil e rápida digestão no organismo, apresentando como importante característica o fato de não conter glúten, o que a torna especialmente indicada no preparo de alimentos infantis, para idosos e principalmente para pessoas com doença celíaca.
A farinha de arroz integral é obtida através da moagem do grão de arroz integral, portanto é um alimento com valor nutricional agregado sendo rico em fibras e minerais como fósforo, potássio, manganês e zinco. Essa farinha possui teores elevados de minerais, devido à manutenção de sua estrutura externa (pericarpo), onde concentra a maior parte de nutrientes da semente.
Em 100 g de farinha de arroz integral, suprimos cerca de 20 % das
recomendações diárias de zinco para adultos e 36 % para crianças, 43,3 % das necessidades diárias de fósforo para adultos e 60,6 % para crianças entre 4 e 8 anos, nessa mesma quantidade de farinha há o aporte de 100 % das recomendações de manganês, para adultos sadios entre 18 e 50 anos, fornece ainda 41,4 % de magnésio para adultos e 98,4 % para crianças, o magnésio possui
especial importância para a regulação do metabolismo de carboidratos, lipídios, síntese protéica, além de ser um poderoso mediador das contrações musculares e transmissão de impulsos nervosos.

Saiba mais

O farelo de arroz é um outro subproduto do arroz, é obtido através do polimento do arroz descascado para produzir o arroz branco, representa de 8% a 11% do peso total do grão, apresenta aspecto farináceo, fibroso e suave ao tato, por ser um alimento rico em vitaminas e sais minerais pode contar com mais de 100 tipos de
antioxidantes, incluindo a vitamina E, vitaminas do complexo B e a gammaoryzanol, antioxidante encontrado apenas no farelo de arroz, contém ainda cromo e cobre como principais minerais que exercem importante papel na formação de insulina.
Além disso, possui um alto conteúdo em vitamina A. Considerando o teor elevado de minerais e fibras presente nesse produto concluímos que seu consumo em quantidades adequadas está relacionado a diversos benefícios ao organismo.



FARINHAS ESPECIAIS DE FRUTAS
Por serem geralmente produzidas a partir da casca e polpa das frutas, as farinhas conservam muitas propriedades naturais da fruta de origem.
São extremamente benéficas a saúde por conter vários nutrientes e principalmente fibras, como é o caso da farinha de maçã e laranja que possuem pectina, uma fibra solúvel que auxilia na manutenção da saúde do intestino e redução de colesterol.



CACAU EM PÓ
O Cacaueiro é uma árvore nativa das Américas, foi cultivado inicialmente pelos povos astecas no México e os maias na Américas Central, era considerado sagrado por esses povos, sendo suas sementes utilizadas como moeda. O Brasil é um dos maiores
produtores mundiais de cacau, sendo sua maior produção no estado da Bahia.
O cacau contêm substâncias com diversas propriedades funcionais, sendo úteis no tratamento auxiliar do mal de Parkinson, de mastites, de hepatopatias, de impotência sexual, febre, cistites, resfriados, queimaduras, asma e bronquites, diabetes e obesidade.
As principais substâncias funcionais compreendem a quercetina (também presente na cebola e no alho), a rutina, os ácidos ferúlico, cafeico e cumárico (entre outros), as catequinas (também presentes nos chás verde e preto do Oriente), as metilxantinas
(teofilina, teobromina, cafeína, etc.), vários polifenólicos e flavonoides. Pode definir-se como alimento funcional aquele que apresenta efeitos fisiológicos benéficos à saúde do homem, tanto para prevenir quanto para tratar doenças.



LINHAÇA
As alegações de saúde da linhaça tem sido amplamente divulgadas, suas características químicas e nutricionais a qualificam como um alimento funcional, pois fornece nutrientes e
compostos bioativos, que atuam no controle e prevenção de doenças. A linhaça possui aproximadamente 40- 40% de lipídios totais, sendo cerca de 50% de ácido α-linolênico (ω-3), que possuem propriedades antiinflamatórias são confirmadas. Fornece também 28% de proteína e 35% de carboidrato.
O teor de proteína da semente de linhaça se destaca pela quantidade e qualidade, pois é rica e equilibrada em aminoácidos de cadeia ramificada.
A demonstração da atividade clínica associada com o consumo de linhaça tem estimulado interesse no estudo desse alimento, especificamente por seus efeitos anticarcinogênico (prevenção do surgimento de câncer) e antiaterogênico (prevenção do surgimento de aterosclerose), vinculados ao conteúdo de lignanas, de ácido α- linolênico, de fibra alimentar e de compostos fenólicos, os quais são provavelmente benéficos na redução dos fatores de risco para doenças cardiovasculares e câncer.



QUÍNOA
A quínoa é uma granífera domesticada há milhares de anos pelos povos andinos, é considerada um pseudocereal com proteínas de alto valor biológico e carboidratos de baixo índice glicêmico, fitosteróis e ácidos graxos ômega 3 e 6, que possuem importante
atividade antioxidante e controle de doenças cardiovasculares.
Além de fonte de proteínas de alta digestibilidade com composição de aminoácidos essenciais equilibrada, a quínoa possui quantidades significativas de flavonoides, tocoferol e compostos fenólicos, estes dois últimos possuem atividade antimicrobiana e antioxidante atuando na redução de radicais livres no organismo. Os flavonóides previnem doenças cardiovasculares e câncer.
A quínoa também possui quantidades significativas de ácidos graxos insaturados, dentre os quais os ácidos palmítico, linoléico, oléico e linolênico. Este pseudocereal também apresenta teores de fibras maiores que os do arroz, trigo e milho, e altas quantidades de
vitaminas como tiamina, riboflavina, niacina, piridoxina e minerais como magnésio, zinco, cobre, ferro, manganês e potássio, apresentando-se superior a vários outros cereais.



AÇÚCAR MASCAVO
O açúcar mascavo, ao contrário do refinado, não passa por nenhum tipo de processo de refino ou beneficiamento, comparativamente, o açúcar mascavo difere do açúcar branco, principalmente, pela sua coloração escura, e pelo menor percentual de sacarose. Além
disso, o açúcar mascavo diminui a carga energética específica e sua composição não compromete a absorção de nutrientes pelo organismo.
Seu uso moderado evita obesidade, diabete, diminui sensivelmente as cáries dentárias e os danos à calcificação infantil, ajudando no bom desempenho do sistema digestivo e das funções hepática e renal. Assim, esse açúcar atende aos grupos de pessoas que possuem hábitos alimentares baseados na minimização ou eliminação de produtos químicos agregados (MENDONÇA, RODRIGUES & ZAMBIAZI, 2000)